PROVÉRBIOS ÁRABE DO DIA:

"Dança do ventre, é a modalidade de dança que melhor simboliza a essência da criação, onde se agradecia o milagre da vida, louvando, com dança e oração, o prazer, o nascimento e a sensualidade feminina."

quinta-feira, 29 de novembro de 2012

A BAILARINA E A SERPENTE


Por: Jamal Marzuq

Uma coisa na dança do ventre que fico fascinado é ver uma cobra( serpente) sobre o corpo da bailarina, ela tira toda a fragilidade feminina, e nos remete a estar diante de uma guerreira, uma mulher inteirada com a natureza, ela representa no momento a imagem da mãe natureza ou mãe terra, é como se fosse a rainha absoluta dos seres, a mestra de todos. Uma beleza que cativa, a cobra por sua vez sabe do seu lugar e apenas segue a bailarina como uma comandada que esta ali servindo apenas para o belo corpo enfeitar.
Boa dança a todas.






SERPENTE DO VENTRE

Caia nos braços da dança, seguida por movimentos aguços, de quadris sempre gingados;
No corpo desfila algoz, fitando com olhos sinistros os olhares que a ti direcionam;
Um veneno dos lábios exala, mas em sua dona jamais tocara, é um aviso para quem perto demais chegar, não toque na diva! Há deixe livre bailar.
Eu sigo seus movimentos me enlaçando em seu quadril, sou dela amante pois todo seu corpo percorro, sei de seus mais íntimos desejos, pois ligada a ela estou.
Em transe ela baila, apenas sigo coadjuvante de seu encanto, caio nos braços macios da minha musa dançante.
Enfeito todo o corpo esculpido, pelo mais perfeito artesão que há, seu suor me serve pista para suavemente em seu corpo deslizar.
Sou mística, assusto, mas quando em companhia de minha mestra sou apenas um simples adereço, pois toda atenção ela sabe para si chamar.
Encantando a todos que se atrevem sua dança olhar.
Ah! Se pudesse morde-la!
Deixar meu veneno junto ao seu corpo.
Sentir em minas presas o sabor de sua pele.
Deixa-la em transe desejando o meu peso de seu corpo, jamais tirar.
Sou serpente que baila com o ventre, sou pura imaginação, mística, fria envolvente, mas dependo do encanto de minha mestra, para poder brilhar.


bailarina foto: Vanda Fenner

segunda-feira, 26 de novembro de 2012

QUANDO DANÇO - Por Natália Parzanese.



Quando danço ...

Quando danço, meus pés tocam o chão, enquanto minha alma sente o solo.
Quando danço me conecto ao "meu peculiar" universo.
Quando danço, os movimentos correspondem a liberdade da minha alma.
Quando danço reconheço a mim mesma.
Quando danço sinto o toque do amor mais forte, pulsando nas minhas veias que saltam a pele.
Quando danço o suor são lágrimas expulsas da dor da vida.
Quando danço meus músculos se travam, enquanto minha alma se liberta.
Meus pés tocam o chão, mas meu íntimo quem o faz dançar.
E tão forte é meu esforço físico, para que agrade com leveza aos olhos de quem vê.
E quantos são os dias a desafiar, a me desafiar em movimentos novos. E quão gratificante é superar.
Quem dança, encara a vida de uma forma diferente. Quem dança vive a vida em um bailado, às vezes intenso, leve, forte, dramático, romântico, doce ...
Quem dança se redescobre,
descobre. Sejam os pés leigos,profissionais,amantes ... Apenas : Dance !!!
Viva essa liberdade de flutuar como uma criança pura,e inocente ! Dance, Dance, Dance !!!

Massssss ! Ahhhhh aqueles dias ... Os movimentos não acontecem !!!! Mais que grande droga!!! Você olha o espelho, ele te olha ... e ... Errei ! .... Olha, te olha, olha, te olha, olha, te olha ( Arritmia ,suor excessivo,calor ) ... CONSEGUI ! E as nossas fases? Nossas crises ? Eu amo a dança ( Onde quer que esteja, seu pensamento só quer dançar, seja qual for a música é criado um cenário, um sentimento, uma dança ) ... A crise do "tempo parado" ! Do tempo perdido! Do estrelismo,da paixão ... e da rotina ! DESISTIR, RECOMEÇAR, VOLTAR ... Ahhhh dançar !


"Eu danço com o coração,não com a ponta dos meus pés".

Escrito por Natália Parzanese

em 15/06/2012 (com 8 meses de prática de dança do ventre e 2 aulas de dança indiana)

quarta-feira, 21 de novembro de 2012

A DANÇA DO VENTRE E A DANÇA INDIANA



                          Por: Jamal Marzuq


Olá “habibas”,
 Vamos falar sobre a Dança Indiana que foi tão vista na novela “Caminhos das Índias” exibida recentemente, bom à dança indiana e a dança do ventre não são iguais em nada, mas por se tratarem de danças exóticas é comum algumas pessoas confundirem as duas danças.
A dança indiana como o próprio nome diz, nasceu na Índia, País asiático onde tem hábitos semelhantes aos países Árabes, eu disse semelhante, e não, iguais.
Ambas as danças (ventre e indiana) tem muito a ver com espiritualidade, pois nasceram não somente como forma de arte e sim com espiritualidade, louvor, alimento para o corpo e a alma, e ambas geralmente praticadas apenas por mulheres.
Falando das diferenças entre ambas, a dança do ventre concentra toda sua atividade no ventre, e a dança indiana concentra mais nos pés, na dança indiana praticamente não se usa o ventre, no máximo leves inclinações de tronco, onde os movimentos são mais lineares e geométricos, diferente da dança do ventre que são movimentos mais arredondados e circulares.
As roupas também tem grandes diferenças, normalmente as roupas de dança indiana são mais volumosas, tendo mais peças e adornos, a mulher dança mais coberta, já na dança do ventre usa-se mais a sensualidade do corpo da mulher, onde as roupas deixam algumas partes do corpo a mostra, mas também são cheias de exuberantes adornos brilhantes e coloridos ( há também na dança do ventre o uso de roupas longas como as de Khalige).
No Brasil a dança indiana ainda é pouco difundida e não tem muitas escolas que a ensinam, já a dança do ventre é mais difundida, e temos hoje no Brasil muitas escolas onde se possa aprendê-la, mas a dança indiana vem ganhando campo e em breve teremos tantas professoras de dança indiana como temos na dança do ventre.
Em ambas danças o maravilhoso é aspirar toda a cultura que elas representam, pois são culturas milenares enigmáticas cheias de misticismo, e espiritualidade, além de uma rica culinária.

Boa danças a todas.

Bailarina foto: Natália Parzanese.